sábado, 15 de dezembro de 2007

Câncer de próstata aparece sem dar sinais e exige atenção

Ainda é importante incentivar os homens de meia idade a deixarem o preconceito de lado e fazerem exames para descobrir possíveis anormalidades na próstata (glândula localizada perto da bexiga e que envolve a uretra).
O câncer aparece sem dar sinais e, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA/MS), ocupa a segunda posição entre os tipos de câncer que mais matam a população masculina, ficando atrás apenas do câncer de pulmão.

"Por ser uma doença que não apresenta sintomas em muitos casos, a recomendação é que homens com mais de 45 anos façam os exames de rotina anualmente", alerta o urologista e diretor da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), André Cavalcanti.

A experiência do biólogo José Guimarães Gomes, de 57 anos, se diferenciou da maioria dos casos. "Eu já fazia os exames regularmente, mas fiquei uns dois anos sem ir ao urologista. Neste intervalo, comecei a notar que minha ejaculação estava falhando e quando vinha, era bem pouca", conta sobre os primeiros sintomas do câncer.

O diretor da SBU faz uma ressalva para homens que já tenham este tipo de doença no histórico familiar e também para os negros. "Por causa do fator genético, os negros têm chances de desenvolver a doença em um grau mais avançado", explica. Para os que se encaixam nestes dois últimos perfis, os exames anuais devem ser feitos a partir dos 40 anos.

Apesar de não existirem métodos preventivos, quanto antes o diagnóstico for feito, mais chance de cura tem o paciente e menos agressivos são os tratamentos. Os exames de rotina são o exame digital da próstata (mais conhecido como toque retal) e o associado à dosagem de uma proteína chamada PSA. No primeiro, o médico consegue apalpar a próstata através do reto e verificar eventuais alterações no tamanho e consistência da glândula. Já a dosagem é feita a partir de um exame de sangue: se a taxa da proteína estiver elevada, é mais um indício da presença do tumor.

Porém, a elevação da quantidade de PSA pode ter causa benigna. Sendo assim, a constatação do câncer não pode ser feita apenas com o exame de sangue. "Caso sejam notadas quaisquer alterações nestas duas análises, o paciente deve se submeter à biópsia de próstata", afirma o urologista.

Como tratar?

Os tipos de tratamento variam de acordo com o grau do câncer e com a idade do paciente. Segundo André, casos em que o câncer ainda não se espalhou por outros órgãos, e que a expectativa de vida do homem é de mais de 10 anos, recorre-se à prostatectomia radical. A cirurgia consiste na retirada total da próstata e dos tecidos linfáticos que a envolvem, podendo acarretar em disfunção erétil e incontinência urinária. "As duas seqüelas apresentam estatísticas bem variáveis, de acordo com o estágio em que o tumor se encontrava e com a faixa etária do paciente. Mas, em geral, a incontinência urinária acomete menos de 10% dos homens, enquanto a disfunção erétil não chega a atingir 30% dos pacientes", tranqüiliza o urologista.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Osteoporose já tem cura

No dia mundial de combate a uma doença que atinge 10 milhões de brasileiros e mata 200 mil por ano, uma boa notícia: a osteoporose, que enfraquece os ossos, já tem cura.

Rosa Hagiwara, de 75 anos, já recuperou os movimentos do punho direito fraturado por causa da osteoporose.

“Na rua, caía à toa, embora não tivesse nenhum buraco”, conta Rosa.

As fraturas costumam sinalizar a doença, caracterizada pela perda de massa óssea. Isso acontece com homens e mulheres depois dos 30, ou 35 anos. A osteoporose acelera esse processo.

A doença é provocada por um desequilíbrio da absorção de cálcio no organismo. O mineral dá sustentação aos ossos. Um grupo de células retira cálcio do sangue para os ossos. O outro faz o contrário. Quando há desequilíbrio, as células passam a retirar mais cálcio dos ossos do que deveriam.

No Brasil, uma em cada três mulheres com mais de 50 anos têm osteoporose, por causa da baixa produção de estrogênio, um hormônio que ajuda no equilíbrio de cálcio no organismo.

Entre os homens, a incidência é bem menor: um em cada oito. Os médicos alertam: o problema da osteoporose é que ela costuma ser diagnosticada em pacientes com idade mais avançada, que só descobrem a doença após sofrerem uma fratura.

As fraturas de fêmur são as mais graves. Cerca de 20% dos pacientes morrem durante a operação.

Exames que podem identificar futuros doentes e ajudar na prevenção. Uma alimentação balanceada e exercícios também.

“Hoje em dia a gente dispõe de medicamentos que podem curar a osteoporose. O comprimido se toma uma vez por mês e se consegue diminuir as fraturas vertebrais, por exemplo, em até 62%”, afirma Édson Cerqueira Freitas, da Sociedade Brasileira de Ortopedia.

Alita Penna, de 93 anos, caiu em casa. Fraturou três vértebras, foi operada e passou a tomar os remédios.

“Agora me sinto bem melhor. Tombo nunca mais”, comemora Alita.

O remédio usado na cura da osteoporose é uma substância química chamada
Ibandronato. Os médicos dos hospitais universitários começaram a usá-lo no tratamento gratuitamente.

Novo exame para identificar a asma

Cientistas de uma universidade americana criaram um exame que identifica a forma mais agressiva da asma.

Um simples exame de sangue leva ao diagnóstico. Os cientistas descobriram que a presença elevada da proteína YKL-40 é um sinal de que o paciente tem a forma mais grave da asma. A doença é caracterizada pela inflamação crônica dos pulmões, causando falta de ar e grande dificuldade de respiração.

Cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo têm asma, e 10% deste total têm a forma mais agressiva da doença. São, pelo menos, 240 mil mortes por ano, em todo o mundo, provocadas pela asma.

Com a descoberta, os pesquisadores vão poder identificar por que, em algumas pessoas com asma, a doença evolui para a forma mais grave e resistente. Os estudos também podem levar ao desenvolvimento de novos medicamentos que ajudem no controle de inflamações que afetam os pacientes.

Vacina contra câncer de próstata deve ser aprovada nos EUA

A venda de uma vacina contra o câncer de próstata poderá ser autorizada em breve nos Estados Unidos, após receber a aprovação nesta quinta-feira (29) de assessores científicos das autoridades americanas de saúde, informou o laboratório Dendreon.

O grupo de assessores estimou que o "Provenge", uma vacina contra tumores na próstata, não é perigosa e se mostrou eficaz, destaca o Dendreon, que fabrica a droga.
A agência americana de medicamentos (FDA, sigla em inglês) não é forçada a acatar a avaliação do grupo de assessores, mas geralmente escuta suas recomendações.

A decisão sobre a venda da vacina deverá ser tomada no dia 15 de maio, revelou o laboratório Dendreon.

Testes clínicos financiados pelo Dendreon com 127 pacientes de câncer de próstata avançado que não receberam tratamentos hormonais apresentaram resultados prometedores.

Após três anos, 34% dos homens tratados com Provenge permaneciam vivos, contra 11% que receberam um placebo.

Os pacientes tratados com Provenge viveram em média quatro meses e meio a mais que os que não receberam a vacina.

O câncer de próstata é o terceiro câncer mais comum do mundo. Nos Estados Unidos, mais de um milhão de homens têm câncer de próstata e 27 mil morrem a cada ano
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Calvície: problema para homens e mulheres

Existem homens que começam a desenvolver a calvície aos 17 anos, uma maior parte - cerca de 80% - entre os 24 e 26 e uma minoria a partir dos 30. Hoje, no Brasil, há cerca de 40 milhões de homens com esse problema.

De acordo com Valcinir Bedin , tricologista (especialista em cabelos) e presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo, a calvície (alopecia genética) não se caracteriza apenas como uma simples queda dos cabelos. "Acontece a diminuição do tamanho dos fios, dando a impressão de rarefação."

"A calvície tem um componente genético muito grande", explica o especialista. "Assim, o indivíduo que tem o pai e o avô calvo pode começar a perder os cabelos entre 20 e 40 anos. Mas 15% dos calvos começam a ficar dessa forma antes dos 18", afirma Bedin.

Quem estiver com receio de estar sofrendo desse mal deve procurar um profissional. O diagnóstico é clínico e laboratorial. "A parte clínica é feita examinando-se o couro cabeludo e a distribuição dos cabelos", diz Bedin. "O indivíduo calvo tem um padrão de distribuição dos fios que faz um desenho específico, formando as entradas e a área calva no topo da cabeça, chamada de córtex".

No consultório, o paciente pode receber orientação para usar medicamento tópico ou oral. Os tópicos, de acordo com o doutor Bedin, são o monoxidil e o 17 alfa estradiol. "Ambos têm uma atuação limitada, pois não conseguem ser absorvidos totalmente pelo couro cabeludo. Por outro lado, não apresentam efeitos colaterais, a não ser o inconveniente de terem de ser usados todos os dias. Já os orais são a finasterida e a serenoa repens", explica.

O primeiro é bloqueador de uma enzima que transforma o hormônio testosterona em dihidrotestosterona (DHT), que é a substância responsável pela miniaturização dos fios. O segundo é fitoterápico, extraído de uma palmeira encontrada na América Central e também têm a mesma função. "Ambos podem diminuir a libido em alguns homens", avisa Bedin.


POR QUE HÁ MAIS HOMENS CALVOS DO QUE MULHERES

No dia-a-dia, é muito mais comum ver homens calvos do que mulheres. "95% dos calvos são homens e 5% mulheres", afirma Bedin. Os homens têm maior tendência à calvície pois têm mais andrógenos (hormônios masculinos) do que a ala feminina.

Nas mulheres, a calvície se caracteriza pela rarefação no topo da cabeça e não nas entradas, como nos homens. "Se pudermos olhar estas mulheres por cima, poderemos ver a forma de uma árvore de Natal no couro cabeludo", explica Bedin.

Cientistas acham elo entre herpes e Alzheimer

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Manchester, na Grã-Bretanha, sugere que o vírusherpes possa estar ligado ao mal de Alzheimer.

Em testes de laboratório, uma equipe de cientistas infectou uma cultura de células cerebrais com o vírus de herpes, HSV - 1, e verificou um aumento "surpreendente" da quantidade da proteína beta amilóide, que está presente nos cérebros de pacientes com Alzheimer.

A proteína beta amilóide se deposita em placas, causando a destruição dos neurônios.

Em uma experiência paralela, os pesquisadores examinaram partes dos cérebros de pacientes que morreram de Alzheimer e encontraram o material genético do vírus da herpes acumulado sobre as placas da proteína beta amilóide.

Pesquisas anteriores já haviam apontado que o vírus HSV-1 fora encontrado nos cérebros de 70% de pacientes com Alzheimer.

O estudo, publicado na revista científica New Scientist, acredita que a descoberta abra caminho para a criação de uma vacina para prevenir contra o Alzheimer.

"O Alzheimer é causado por vários fatores e a nossa pesquisa aponta que uma série de mutações genéticas e o vírus da herpes podem estar contribuindo para a doença.

No futuro, as pessoas poderão ser imunizadas contra o vírus HSV-1, o que poderia ajudar na prevenção da doença degenerativa", disse que Ruth Itzhaki, líder da pesquisa.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Síndrome de Down

É a mais freqüente entre os bebês, atingindo uma criança a cada grupo de 600. Na maioria das vezes, a causa é um acidente genético no momento da concepção, que faz com que as crianças portadoras de Down tenham um cromossomo a mais do que as crianças normais. A idade avançada da mãe aumenta as chances dessa ocorrência devido ao envelhecimento do óvulo. Em cerca de 5%, a síndrome é herdada, decorrência de uma alteração nos genes dos pais chamada translocação - quando uma parte do cromossomo de número 21 se localiza em lugar errado.

Características

Com olhos amendoados, rosto com perfil achatado e manchas brancas nos olhos, a criança com síndrome de Down geralmente é identificada logo ao nascer. O bebê portador da síndrome

Acompanhamento

Quanto mais cedo for detectado o problema, maior a chance de desenvolvimento. Carinhosas e dóceis, boa parte das crianças com Down respondem bem às atividades que estimulam seu senso rítmico e a socialização, como teatro e dança. Se bem integradas a uma escola, é possível que, por volta da pré-adolescência, já estejam alfabetizadas. Mas é preciso estar atento com relação a problemas cardíacos e respiratórios. também pode apresentar flacidez muscular, flexibilidade exagerada das articulações e problemas cardíacos. Há também diferentes níveis de retardo mental, de leves a moderados.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Cancer X AIDS

DUELO MORTAL

Pelos cálculos da OMS, o câncer é responsável por 13% das mortes no mundo. Mas existem mais pessoas vivendo com AIDS, hoje em dia

QUANDO SURGIU?

CÂNCER

Hipócrates, o pai da Medicina ocidental, já conhecia os tumores malignos (carcinomas) por volta de 4 séculos antes de Cristo - atualmente, há mais de 100 tipos de câncer conhecidos.


AIDS

Os pesquisadores Luc Montaigner (França) e Robert Gallo (EUA) descobriram o HIV - vírus causador da AIDS - no início da década de 1980. Desde essa época, estima-se que a AIDS tenha matado mais de 25 milhões de pessoas



QUANTOS CASOS SÃO DIAGNOSTICADOS POR ANO?

CÂNCER

Atualmente, mais de 11 milhões de novos casos são diagnosticados a cada ano - estima-se que esse número suba para 16 milhões até 2020



AIDS

Dos 4,3 milhões infectados pelo HIV em 2006, mais de 500 mil foram crianças - a África tem 12 milhões de órfãos por causa da AIDS



QUANTOS VIVEM COM A DOENÇA?

CÂNCER

24,6 milhões convivem com o câncer - como o diagnóstico geralmente é tardio, o número real de pessoas com a doença deve ser bem maior


AIDS

Cerca de 40 milhões de pessoas são portadoras do HIV - só na África são aproximadamente 25 milhões de infectados


COMO ATACA?

CÂNCER

Uma mutação no DNA faz com que um grupo de células passe a se dividir sem controle, invadindo tecidos próximos ou órgãos distantes - via corrente sanguínea.


AIDS

O vírus HIV infiltra-se nas células de defesa do organismo (T4) para se multiplicar. Aos poucos, o número de células T4 diminui e o corpo fica indefeso para combater outras doenças



COMO É O TRATAMENTO?

CÂNCER

A cirurgia pode remover tumores bem delimitados sem prejudicar os órgãos adjacentes. Quando a remoção é impossível, tenta-se inibir o crescimento acelerado das células cancerígenas com radiação localizada (radioterapia) ou medicamentos que agem no corpo todo (quimioterapia) - em ambos os casos, células sadias também são atacadas


AIDS

Um coquetel de medicamentos limita a profileração do vírus no organismo, mas não o elimina por completo. Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, são 6,8 milhões de doentes e apenas 1,65 milhão recebendo os medicamentos

Que doença mata mais: aids ou o câncer?

O câncer mata mais. Anualmente, cerca de 7,6 milhões de pessoas com câncer morrem no mundo, contra 2,8 milhões de vítimas da aids, segundo a Organização Mundial da Saúde. Mas há mais gente viva com aids, do que com câncer. Cerca de 40 milhões de pessoas diagnosticadas como soropositivas (portadoras do vírus HIV) vivem ao redor do planeta - 25 milhões só na África -, enquanto 24,6 milhões de pessoas lutam contra algum tipo de câncer. Quer dizer, esse é o número de pessoas diagnosticadas, porque um dos problemas do câncer é justamente a demora no diagnóstico. "A alta mortalidade do câncer tem três razões principais: a doençaCâncer de São Paulo. O câncer é a maior causa de mortes no mundo, respondendo por 13% dos óbitos (veja o quadro abaixo). E a tendência é que se isole cada vez mais na liderança do ranking, já que pessoas mais velhas são mais propensas a desenvolver tumores malignos e, ano a ano, cresce a parcela de idosos na sociedade. Já a aids, embora ainda não tenha cura, pode ser controlada: tomando remédios, portadores do vírus HIV podem passar mais de dez anos sem manifestar a doença.
manifesta-se de várias maneiras, pode atingir qualquer órgão do corpo e a maioria dos diagnósticos revela o tumor em fase avançada", diz o oncologista Vladimir Cordeiro de Lima, do Hospital do

Olhos - Eles refletem várias doenças

Mais do que indiscretamente dizerem o que sentimos, os olhos podem contribuir no diagnóstico e acompanhamento médico de várias doenças.

Dor de cabeça, visão embaçada, enxergar estrelas em plena luz do dia, dificuldade de foco, olhos vermelhos e ardência são sintomas que levam a maioria das pessoas ao oftalmologista. O que poucos sabem é que o exame de fundo de olho mapeia todo o organismo e pode até salvar vidas.

De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, muitas doenças aparecem no fundo do olho, região que fica entre o cristalino (lente dos olhos responsável pelo foco) e a retina (membrana receptora das imagens). Ele explica que o exame completo é feito com a pupila dilatada e uma lente que aumenta diversas vezes o nervo óptico, retina e vasos.

O procedimento detecta distúrbios oculares e sistêmicos. Não é preventivo, comenta, porque a doença já está instalada, mas permite controlar sua evolução. É o caso da hipertensão arterial, diabetes, doenças reumáticas, tuberculose, toxoplasmose, lepra, Aids, e até tumores intracranianos que muitas vezes se manifestam primeiro nos olhos.

O especialista diz que é muito comum o clínico geral encaminhar um paciente diabético ao oftalmologista. Isso porque, através das informações sobre vasos e artérias oculares contidas no relatório do exame de fundo de olho, o clínico pode saber como está funcionando o rim do paciente, além de controlar o nível de glicose no sangue.

Sinais visuais

Queiroz Neto afirma que as doenças sistêmicas dão sinais ao portador que indicam urgência de exame médico para evitar maiores complicações.

Os principais sinais são:

• Pupila contraída: Indica uveite, inflamação da uvéa que é formada pela íris, corpo ciliar e coróide. Pode levar à cegueira se não for tratada. Resulta de toxoplasmose, doenças reumáticas, tuberculose, lepra ou certos tipos de leucemia.

• Pupila dilatada: Pode estar relacionada a tumores, glaucoma, trauma, doenças do sistema nervoso central.

• Visão dupla: Pode apontar presença de tumor intracraniano, acidentes vasculares centrais, traumas e hiperglicemia.

• Olhos saltados e inchaço: São sinais, principalmente, de distúrbios da tireóide.

• Mudança na cor dos olhos: É causada por medicamentos ou inflamações oculares.

• Cegueira momentânea: Indica tumor intracraniano, má circulação no cérebro ou arritmia cardíaca.

• Visão borrada: Pode sinalizar diabetes, sangramento ocular, inflamação, hipertensão arterial.

• Olho seco: A falta de lágrima pode ser causada por disfunções hormonais, menopausa e até Síndrome de Sjogren, uma doença reumática crônica.

Dor de cabeça e visão

O especialista explica que a dor de cabeça relacionada à falta de óculos geralmente aparece no final do dia e pode indicar a chegada da presbiopia ou vista cansada para quem passou dos 40 anos.

Também pode atingir, ressalta, quem não atualiza os óculos há mais de um ano e tem instabilidade refrativa, ou portadores de grande diferença de acuidade visual entre os olhos.

Pessoas que têm enxaqueca freqüente e não pertencem a estes grupos, alerta, correm o risco de ter aumento na escavação do disco óptico que leva ao glaucoma ou neuropatia óptica isquêmica causada pela contração dos vasos oculares.

Estresse

O aumento da produção de cortisol, hormônio relacionado ao estresse, enfraquece a musculatura ciliar que é responsável pela capacidade de focar e desfocar do cristalino, chamada de acomodação pela oftalmologia.

No trabalho, ressalta Queiroz Neto, o comprometimento da acomodação reduz a produtividade e predispõe a acidentes. O estresse, comenta, também pode induzir ao acúmulo de líquido entre as camadas da retina, causando visão distorcida na região central, hipermetropia induzida e metamorfopsia (tortuosidade das letras) temporária e até permanente.

Para relaxar os olhos as dicas do médico são:

• Olhe para o infinito por 30 segundos a cada duas horas de trabalho.

• Movimente os olhos para cima, para baixo, à esquerda e à direita.

• Faça movimentos circulares com os olhos para a esquerda e para a direita. vermelhos e ardência são responsável pelo foco) e a auto-imunes, herpes,

A Dengue

No último mês, o Brasil foi atingido por uma das piores epidemias de dengue na sua história. O exército brasileiro foi convocado para ajudar no combate à doença. Foram registradas as mortes de vinte e uma pessoas só no estado do Rio de Janeiro e existem mais de 1500 novos casos sendo anunciados no País diariamente. Acredita-se que 430.000 pessoas já foram infectadas

A doença nem sempre é fatal, mas causa febre alta e fortes dores de cabeça e musculares. Há, porém, uma forma mais virulenta da dengue – a hemorrágica, que causa sangramento interno e pode levar à morte.

Os hospitais do Brasil estão superlotados com pacientes infectados pela dengue, e oficiais de saúde avisam que os bancos de sangue estão precisando de mais doadores devido à demanda por transfusões resultante da epidemia.

A epidemia da dengue chegou ao País por causa das chuvas notavelmente fortes que vêm criando um clima propício para a procriação do mosquito que carrega o vírus. Agora, milhares de soldados e bombeiros foram enviados ao Rio de Janeiro e São Paulo para limpar as águas paradas.

Informações Básicas sobre a Dengue

O causador da dengue é um vírus, mas seus transmissores (chamados de vetores) são mosquitos, geralmente do gênero aedes, popularmente chamados de pernilongo da dengue. Este mosquito geralmente é escuro e rajado de branco, é menor que um pernilongo comum, pica durante o dia. Esses mosquitos geralmente se desenvolvem em água parada e limpa.

A transmissão epidêmica normalmente ocorre durante e pouco após a temporada de chuvas. A dengue pode ocorrer em qualquer país onde o mosquito possa se procriar.

O mosquito que transporta o vírus é o mesmo da febre amarela, o Aedes aegypti. O mosquito é infectado quando ele pica um indivíduo que já está com dengue (humanos e possivelmente algumas espécies de macaco) durante os primeiros três dias de doença. A partir daí, são necessários de 8 a 11 dias para que o Aedes aegypti incube o vírus, antes de poder transmiti-lo para outro indivíduo. Após este período, o mosquito fica infectado por toda a sua vida. A vida útil do mosquito transmissor é de 45 dias, podendo vir a contaminar até 300 pessoas. O vírus da dengue é injetado na pele da pessoa pelas gotas de saliva do mosquito. Não ocorre transmissão da doença por contato direto entre pessoas, nem através de água ou alimentos.

A epidemia da dengue é imprevisível pois existem quatro espécies da doença. Para quem já teve dengue uma vez, deve-se tomar ainda mais cuidado. Em uma segunda contaminação, há maior chance da doença evoluir para a forma hemorrágica, que pode ser letal.

A dengue é caracterizada por febre repentina, fortes dores de cabeça, dores nas juntas e nos músculos, intensa dor atrás dos olhos, um segundo aumento de temperatura após uma pequena redução, náusea e vômito, além de manchas vermelhas na pele. As manchas tendem a aparecer entre 3 a 4 dias após o início da febre. A infecção pode ser detectada por um exame de sangue, que verifica a presença de vírus ou anticorpos. A doença pode durar até 10 dias, mas a recuperação completa da pessoa leva de 2 a 4 semanas.

Lista dos Sintomas

Febre alta repentina.
Fortes dores de cabeça.
Dores nas juntas e músculos.
Dores intensas atrás dos olhos.
Náusea e vômito.
Manchas vermelhas no corpo

Uma pessoa infectada com dengue deve permanecer em repouso, bebendo muito líquido e tomando medicamentos, tais como o Tylenol. A pessoa com dengue não pode tomar certos medicamentos como aspirina, Melhoral, Doril, Sonrisal, Buferin etc. A razão disto é que remédios à base de ácido acetil salicílico podem facilitar o sangramento. Apesar da intensa dor causada pela doença, pessoas contaminadas com dengue devem evitar antiinflamatórios que também podem facilitar o sangramento.

Não há vacina para a doença. Sendo assim, as pessoas devem evitar áreas com pontos de água parada. Aqueles que viajam para regiões onde existe uma grande quantidade de mosquitos devem tentar permanecer em locais encobertos e ventilados. Aconselha-se o uso de repelentes e inseticidas.

Para evitar a dengue, é preciso prevenir o nascimento desses mosquitos. Não se deve deixar água, mesmo limpa, ficar parada em algum recipiente como garrafas, caixas d’água, pneus, copinhos descartáveis e outros depósitos de água.

A História da Dengue

A dengue e a dengue hemorrágica são causadas por quatro tipos de vírus relacionados. Primeiramente, é uma doença dos trópicos, e é espalhada pelo Aedes aegypti – um mosquito que pica seres humanos para se alimentar de seu sangue.

As primeiras epidemias que foram relatadas ocorreram em 1779-80 na Ásia, África e América do Norte. Durante essa época, a doença era considerada não-letal e que atingia os visitantes dos trópicos. Em geral, houve grandes intervalos (10-40 anos) entre as epidemias, principalmente por que a virose só podia ser transmitida entre as populações que viajavam de barco para outras partes do mundo.

Uma epidemia global de dengue teve início no Sudeste da Ásia durante a Segunda Guerra Mundial, e tem se intensificado nos últimos 15 anos. Por volta de 1975, a dengue tornou-se uma das maiores causas de hospitalizações e morte entre crianças de diversos países do sudeste asiático.

Na década de 1980, a dengue hemorrágica começou a se expandir no Sri Lanka e na Índia. Na década de 1980, após uma ausência de 35 anos, a dengue epidêmica voltou a atingir Taiwan e China. Cingapura também sofreu um ressurgimento da doença de 1990 a 1994, apesar de ter adotado um programa de prevenção à dengue que havia evitado significante a transmissão da doença no país por mais de 20 anos.

A dengue epidêmica também se expandiu pela África desde 1980, e atingiu a África Oriental, especialmente Quênia, Moçambique e Somália.

A emergência da dengue e dengue hemorrágica tem sido mais grave nas Américas. Numa tentativa de evitar a febre amarela urbana, que também é transmitida pelo Aedes aegypti, a Organização Pan Americana de Saúde desenvolveu uma campanha que erradicou o mosquito de grande parte da América do Sul e Central, nas décadas de 1950 e 1960. Mas o programa de erradicação do Aedes aegypti foi oficialmente interrompido nos Estados Unidos na década de 1970, e foi também deixado de lado em outros países das Américas. Conseqüentemente, esta espécie de mosquito começou a infestar novamente países nos quais havia sido erradicado. Em 1997, a distribuição geográfica do mosquito tornou-se ainda maior que antes de seu programa de erradicação: 18 países na região das Américas confirmaram casos de dengue hemorrágica.

A expansão global da dengue é comparada à da malária. Um número estimado em 2,5 bilhões de pessoas vive em áreas de risco de transmissão da epidemia. Todo ano, ocorrem dezenas de milhões de casos de dengue, e dependendo do ano, centenas de milhares de casos do tipo hemorrágico. A média de fatalidade desta espécie de dengue é aproximadamente 5% - na maioria dos casos são crianças e adolescentes.

Razões da Epidemia

Diversos fatores importantes podem ser identificados para explicar a dramática emergência global da dengue.

Primeiramente, o controle efetivo do mosquito virtualmente não existe na maioria dos países que são atingidos pela dengue. Na maioria dos países não existe um programa para evitar a multiplicação do mosquito Aedes aegypti.

Além disto, a urbanização descontrolada facilita o surgimento de uma epidemia de dengue. Mudanças geográficas mal-planejadas, moradias sujas e sistemas inadequados de água, esgoto e administração do lixo facilitam a transmissão da doença pelo mosquito.

Para agravar a situação, muitos países atingidos pela dengue têm uma estrutura de saúdedoença. Países como o Brasil recorrem a medidas de emergência para combater a doença. Raramente são implantadas medidas para prevenir futuras epidemias. Portanto, não é de se surpreender que o País esteja passando por mais uma crise no âmbito de saúde pública.
com o vírus. pública precária. A falta de recursos financeiros e humanos vem resultando na negligência de programas para desenvolver um vasto programa de prevenção à

O aumento do câncer de pele em mulheres abaixo dos 40

Chicago (EUA), 9 ago (EFE).- Pelo menos dois tipos de câncer de pele aumentaram entre as mulheres com menos de 40 anos nos Estados Unidos, por causa da exposição ao sol e do uso de bronzeadores, afirma um estudo divulgado nesta terça-feira.

O estudo, publicado na revista da Associação de Medicina Americana, afirma que o crescente número de pacientes com este tipo de câncer mostra que a população jovem faz pouco caso dos alertas sobre os riscos dos bronzeadores.

O aumento de casos foi detectado nos tipos da doença conhecidos como carcinoma de células escamosas (SCC, em inglês) e carcinoma basocelular (BCC), afirmaram os especialistas.

O câncer de pele pode aparecer em qualquer parte do corpo, mas as áreas mais comuns de infecção são as expostas ao sol.

Em 2000, foram diagnosticados aproximadamente 800.000 novos casos de BCC e 200.000 de SCC nos EUA.

Os cientistas que fizeram o estudo, liderados por Leslie Christenson, disseram que o câncer de pele ou melanoma geralmente atinge pessoas com mais de 50 anos.

A média de incidência dos dois tipos de câncer de pele nos EUA chegou a 32 casos em cada 100.000 mulheres com menos de 40 anos em 2003, em comparação com 13 em cada 100.000 no final da década de 70, de acordo com a pesquisa.

Segundo os especialistas, a vantagem é que tanto o BCC como o SCC podem ser retirados e tratados com maior facilidade que outros tipos de melanoma considerados fatais.

Christenson, uma especialista da Clínica Mayo, de Rochester, em Minnesota, disse que os bronzeadores "ainda são aceitos como símbolo de beleza", e que é importante que essa mensagem mude através da aceitação de que a pele pode ser saudável e bonita sem aditivos.

O estudo avaliou pelo menos 500 casos de câncer de pele em Olmsted, Minnesota, onde é realizado um projeto epidemiológico.

A pesquisa descobriu que o número de pacientes com câncer BCC não aumentou entre os homens com menos de 40 anos, mas entre eles houve um leve aumento da doença tipo SCC.


Christenson atribui este fenômeno ao fato de que os homens não têm muita atenção com o cuidado da pele, como as mulheres.

Segundo o especialista, o câncer BCC geralmente aparece como uma protuberância rosada na pele, enquanto no caso do SCC a mancha é áspera.

A análise foi feita entre 1976 e 2003, de acordo com os autores da pesquisa, e durante este período foram diagnosticados 451 BCC em 417 pacientes, e 70 incidências do SCC em 68 pacientes.

Christenson disse que este estudo mostra um aumento da incidência do câncer de pele nas mulheres jovens e nos homens do condado de Olmsted, além da necessidade de concentrar esforços na prevenção desta doença entre os adultos jovens.