sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Osteoporose já tem cura

No dia mundial de combate a uma doença que atinge 10 milhões de brasileiros e mata 200 mil por ano, uma boa notícia: a osteoporose, que enfraquece os ossos, já tem cura.

Rosa Hagiwara, de 75 anos, já recuperou os movimentos do punho direito fraturado por causa da osteoporose.

“Na rua, caía à toa, embora não tivesse nenhum buraco”, conta Rosa.

As fraturas costumam sinalizar a doença, caracterizada pela perda de massa óssea. Isso acontece com homens e mulheres depois dos 30, ou 35 anos. A osteoporose acelera esse processo.

A doença é provocada por um desequilíbrio da absorção de cálcio no organismo. O mineral dá sustentação aos ossos. Um grupo de células retira cálcio do sangue para os ossos. O outro faz o contrário. Quando há desequilíbrio, as células passam a retirar mais cálcio dos ossos do que deveriam.

No Brasil, uma em cada três mulheres com mais de 50 anos têm osteoporose, por causa da baixa produção de estrogênio, um hormônio que ajuda no equilíbrio de cálcio no organismo.

Entre os homens, a incidência é bem menor: um em cada oito. Os médicos alertam: o problema da osteoporose é que ela costuma ser diagnosticada em pacientes com idade mais avançada, que só descobrem a doença após sofrerem uma fratura.

As fraturas de fêmur são as mais graves. Cerca de 20% dos pacientes morrem durante a operação.

Exames que podem identificar futuros doentes e ajudar na prevenção. Uma alimentação balanceada e exercícios também.

“Hoje em dia a gente dispõe de medicamentos que podem curar a osteoporose. O comprimido se toma uma vez por mês e se consegue diminuir as fraturas vertebrais, por exemplo, em até 62%”, afirma Édson Cerqueira Freitas, da Sociedade Brasileira de Ortopedia.

Alita Penna, de 93 anos, caiu em casa. Fraturou três vértebras, foi operada e passou a tomar os remédios.

“Agora me sinto bem melhor. Tombo nunca mais”, comemora Alita.

O remédio usado na cura da osteoporose é uma substância química chamada
Ibandronato. Os médicos dos hospitais universitários começaram a usá-lo no tratamento gratuitamente.

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